02/02/2023 às 10h21min - Atualizada em 02/02/2023 às 10h21min

Moraes determina que PF ouça Valdemar em até 5 dias sobre propostas golpistas

Mais cedo, a Polícia Federal já havia pedido autorização para ouvir o presidente do PL. Valdemar Costa Neto afirmou em entrevista que interlocutores do governo anterior recebiam propostas com teores golpistas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que em até 5 dias a Polícia Federal tome depoimento do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre propostas golpistas.

Valdemar deu declarações recentes sobre uma suposta destruição de propostas de teor golpista.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, Valdemar afirmou que integrantes e interlocutores do governo Jair Bolsonaro tinham, em suas casas, propostas similares à “minuta do golpe”, encontrada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal.

Mais cedo nesta terça-feira (31), a PF havia pedido ao ministro autorização para ouvir Valdemar.

Segundo o ministro, as declarações de Valdemar “devem devem ser esclarecidas no contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito à adesão, por terceiras pessoas, de eventual intenção golpista”.

Ainda de acordo com Moraes, possíveis crimes em investigação são golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Triturar papéis

 

O documento apreendido na casa de Torres sugeria a decretação de um “estado de defesa” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alterar o resultado eleitoral que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição.

Na mesma entrevista, Valdemar disse que ele mesmo recebeu várias dessas sugestões – mas tomou o “cuidado” de triturar os papéis.

“Tinha gente que colocava [as propostas] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei”, disse o presidente do PL.

Por G1


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