O Produto Interno Bruto de Alagoas registrou um crescimento nominal de 7,70% em 2023. Em termos reais, a variação positiva chegou a 4,08%. O resultado colocou o estado à frente de economias da região Nordeste, como Ceará (+2,4%), Bahia (+1,3%) e Pernambuco (+1,3%), todos em termos reais. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13), pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). As notas técnicas com os indicadores traduzidos e ilustrados em gráficos estão disponíveis no portal Alagoas em Dados. Para ter acesso, basta acessar: dados.al.gov.br
“O notável crescimento do PIB de Alagoas em 2023, superando outras economias regionais, foi resultado direto do empenho e das políticas eficazes implementadas pela gestão do governador Paulo Dantas. Este avanço refletiu não apenas números, mas o impacto positivo na vida dos alagoanos, criando oportunidades e fortalecendo a economia local de maneira sustentável", destacou a secretária Paula Dantas.
A nota técnica também apontou que o crescimento de Alagoas esteve acima do resultado do Brasil, divulgado em 2,9% pelo IBGE. A estimativa do PIB alagoano foi calculada pela Seplag, por meio da Superintendência de Análises e Cenários (Sinc). O resultado em 2023 levou em consideração três setores da economia: indústria (+7,12%), serviços (+4,74%) e agropecuária (0,66%).
Na indústria, setor que teve a maior variação positiva de 2023, o destaque foi para a indústria extrativa, com crescimento de 29,90%. Esta categoria é responsável por investimentos em recursos da natureza, como minerais, petróleo e gás. O minério de cobre aparece como um dos itens com maior crescimento no estado.
Outros destaques em serviços foram as categorias da saúde e educação. O Programa Maratona de Cirurgias, criado pelo Governo de Alagoas para zerar a fila de espera por procedimentos cirúrgicos, teve influência positiva nos resultados econômicos. Da mesma forma, na área da educação, o aumento do número de matrículas da rede pública também contribuiu para uma variação positiva no setor de serviços.
A agropecuária foi a única que se manteve estável em 0,66%. A economista e servidora da Secretaria de Planejamento do Estado, Juliana Carla, aponta as questões climáticas, de investimentos e pragas, como principais causas para a estabilidade apresentada. “A produção de cana-de-açúcar e milho alcançou quantitativos significativos no ano, o que equilibrou a perda na laranja, abacaxi e mandioca, que não alcançaram os níveis desejados de produção”, explicou Juliana."
A previsão de crescimento nominal do estado é de 7,70%. Isso indica o aumento do PIB sem qualquer ajuste, ou seja, é o crescimento em termos absolutos. Já o crescimento real leva em conta o valor nominal ajustado pela inflação durante o ano corrente.