O caso de Thiago Medeiros, candidato a prefeito pelo MDB, é mais um triste reflexo do que podemos chamar de degradação política em seu estado mais desprezível. Sua candidatura, agora impugnada pela Justiça Eleitoral, expõe uma faceta política que deveria nos causar indignação. O que vemos não é um político comprometido com o bem público, mas um homem que parece se apropriar das engrenagens do poder para benefício próprio, mesmo diante das normas que deveriam nortear uma disputa justa e honesta.
Thiago Medeiros não apenas violou a legislação ao não se afastar verdadeiramente de suas funções dentro do prazo legal; ele o fez de maneira cínica, apresentando uma exoneração de fachada enquanto continuava, nos bastidores, a exercer suas atribuições. Continuou agindo como se as leis que regem a moralidade pública não se aplicam a ele. E não foi discreto: houve vídeos, testemunhas e registros que não deixam dúvidas sobre sua conduta. Estamos lidando com um comportamento que não é apenas irregular, mas profundamente desonesto.
Essa prática de desrespeito à legislação eleitoral é a própria essência de uma política corrupta que corrói nossa sociedade. O uso de um veículo oficial da prefeitura para fins pessoais, para autopromoção, é uma mancha que revela o caráter de quem se apresenta como candidato ao cargo mais alto de uma cidade. E nós, como sociedade, deveríamos nos envergonhar de permitir que tais personagens ainda tivessem espaço na esfera pública.
Como confiar em alguém que, antes mesmo de assumir o poder, já se mostra desleal às regras? O desrespeito de Thiago Medeiros às leis eleitorais é um sintoma de uma doença política que aflige nosso país: a complacência com a imoralidade. E é essa complacência que permite a proliferação de figuras como ele, que mancham a política com sua ganância e desfaçatez.
É preciso deixar claro: não estamos falando apenas de uma violação técnica da lei. Estamos diante de uma ofensa moral. Thiago Medeiros não respeita as regras que deveriam garantir a lisura do processo eleitoral. E se não as respeita agora, o que nos garante que respeitará o povo que pretende governar?
Os cidadãos de Capela têm o dever cívico de rejeitar essa prática nefasta e de resgatar a dignidade da política local. A honestidade, o respeito às leis e o compromisso com o bem comum são os pilares de uma sociedade saudável. Já essa degradação da política, que toma conta de figuras como Thiago Medeiros, é a gangrena que enfraquece nossa democracia. É hora de tomarmos vergonha na cara e banirmos da vida pública quem insiste em agir contra os princípios que sustentam nossa república. Somente assim poderemos construir um futuro digno e honesto para nossa cidade.
Por: Antônio Fernando da Silva (Fernando CPI) - Registro jornalista: 0002099/AL - MTE Brasil
Rodrigo Vitor Gomes - Registro jornalista: 0002174/AL